2020
Véu
Jardim da Carvalha, Sertã
O Jardim da Carvalha destaca-se na Sertã e na Beira Baixa como centro cívico com uma forte identidade paisagística. Pela sua escala, pela particularidade da convergência de duas ribeiras assim como pelas significativas memórias históricas, o Jardim da Carvalha é um lugar gerador de sentido de pertença.
Na sequência de Obras de Arte na paisagem que definem o início da Rota da Cortiçada, o Véu da Sertã ocupa um lugar de paisagem inequívoca: o jardim.
O carácter agregador e identitário do Jardim da Carvalha poderá ser descrito como “centro da Sertã”, no sentido de “praça” ou “rossio”. A Carvalha é o lugar das festas, das feiras, do lazer e do encontro, e, tal como os “rossios”, é também um lugar de transição entre a vila urbana e os terrenos agrícolas.
A obra Véu tem como ponto de partida o açude como local de confluência entre a paisagem desenhada do jardim, a Nordeste, e a paisagem rural a Poente.
Véu é uma obra sobre o açude da Ribeira da Sertã definida por dois pórticos que suportam uma sequência ondulada de seis chapas espelhadas moldadas que se sobrepõem a 2,4m de altura.
A sequência destas superfícies espelhadas evidencia e multiplica os reflexos e as relações entre a ribeira, o jardim e a paisagem rural.
Da ponte filipina, o carácter cenográfico da obra Véu reforça a relação da Vila com a paisagem rural num aparente equívoco de memória. Talvez concorra para uma reapropriação do lugar como convergência entre a vila e a ruralidade. Talvez evoque um véu da princesa das Beiras.
Ficha Técnica
Projecto: MAG – Marta Aguiar, Mariana Costa – com Sofia Marques de Aguiar
Estrutura Metálica: Trofinox
Montagem: Trofinox
Projecto de Estrutura: Eng. Vaz Tomé
Video and photography: Nectar filmes
organizado com:
apoiado por:
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